Cérebro de Gente

    Algumas vezes você está com pressa para ir àquele evento com amigo, ou da escola, e o tráfego não colabora. Algumas vezes você está com vontade de comer um belo prato de macarrão, e ele se apaixona por sua camiseta branca, novinha. E, algumas vezes, você vai pro centro de São Paulo para ver seus amigos, na boa vontade, e quando é para eles virem te ver, não medem esforços para vir. É decepcionante, desapontador, e desmotivante. 

     Eu já falei uma vez aqui no blog sobre o assunto de fazer sem esperar recompensa, mas nesse caso acho que não é recompensa, e sim, no mínimo, consideração. Veja, eu moro longe da capital, e sempre que me chamam para ir para lá, eu vou sem pensar na distância e/ou no tempo perdido indo para lá, mas em quem me espera. Faço muito esforço para viajar, é verdade. Mas o mínimo que eu peço, é que no outro lado da moeda, façam o mesmo por mim. Que venham até mim não pensando no caminho que percorrerão, nem no tempo perdido vindo para cá, mas que pensem em mim, na diversão (ou não, vai saber) que teriam comigo. Mas, pelo contrário, você se decepciona.

     Eu estava para receber quatro amigos este sábado, para uma festa junina da escola, e depois dois deles virem dormir em casa. Comprei suprimentos alimentícios e energéticos para que pudéssemos passar a noite bem, sem problemas. Mas justo que em cima da hora eles cancelam, sem dar motivos plausíveis e razoáveis. E eis que eu tenho de ficar trabalhando na festa junina o sábado INTEIRO, com um amigo apenas, montando e desmontando barracas, fazendo maçãs do amor e outras porcarias de festa junina, enquanto eles, lá da capital, estavam tendo uma maravilhosa tarde, rindo e se divertindo.

     Tive um ótimo sábado, ao contrário. Posso dizer que foi um dos piores que já passei, e estou pensativo com outras coisas.

     Abraços